A Palo Seco
Ano 15, N° 17 (jul-dez/2023)
O cômico na Literatura Brasileira
Jacqueline Ramos
2008 ➭ 2009
GRACEJO OU CÔMICO INOCENTE
CÔMICO e CONHECIMENTO - 2021
Você tem notícia do latim?

Prêmio Capes de Teses 2014 - Letras e Linguística

Grupo de estudos em Filosofia e Literatura

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq

Universidade Federal de Sergipe - UFS

Projeto de Maria Aparecida Antunes de Macedo


Existencialismo romeno e outros existencialismos na dramaturgia ionesconiana

Coordenação:

Maria A. A. de Macedo

Período de vigência:

2018 ➭ atual

Natureza do projeto:

Pesquisa

Descrição:

Em projetos anteriores procurei estudar algumas noções existencialistas dos anos 40 e 50, do século XX, e a forma como elas desenvolvem-se na arte, especificamente no antiteatro? de Eugène Ionesco. Essas noções de especulação filosófica as quais me referi são oriundas notadamente do pensamento de Albert Camus em sua teoria sobre o absurdo. Em uma abordagem comparativa entre filosofia e literatura, o estudioso Martin Esslin irá reunir os textos dramáticos, surgidos a partir da década de 50, sob a denominação “teatro do absurdo”, exatamente por sua proximidade com o pensamento camusiano. Em razão desse teórico da literatura não desenvolver a forma como a qual o teatro do absurdo trabalha e transforma essa noção do absurdo, decidi na última etapa de minhas pesquisas anteriores estudar com atenção essa forma de trabalho artístico do teatro do absurdo a partir de uma noção filosófica camusiana. No entanto, esta última, se presente no seu texto dramático, não foi capaz de responder ao aspecto flagrante em Ionesco, que é o cômico. Se o escritor aceita a denominação “teatro do absurdo”, ele afirma concebe-lo como “teatro da derrisão” ou “antiteatro”. A noção do absurdo pode unir dramaturgos tais como o próprio Ionesco, Beckett, Adamov, mas estes possuem distinções muito sensíveis e uma delas é o humor, o cômico, a derrisão tão presente em Ionesco, e rara nos outros dramaturgos do Teatro do Absurdo. É sobre esse humor, que distingue Ionesco de outros dramaturgos do Teatro do Absurdo, o objeto do nosso estudo. O caminho para esta fase da pesquisa sobre o teatro da derrisão do dramaturgo franco-romeno passa pela vaga existencialista romena entremeada a ecos do dadaísmo, dos anos 1930 na Romênia, da qual participa Ionesco, assim como por certos conceitos sartreanos, alvos colocados em paródia pelo dramaturgo.