Projeto de Luciene Lages Silva
Aristófanes e Menandro: |
Coordenação: Luciene Lages Silva |
Período de vigência: 2016 ➭ atual |
Natureza do projeto: Pesquisa |
Descrição:
Número de participantes (2):
Graduação: 2 |
Chamada Dossiê teatro e filosofia
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Projeto de Luciene Lages Silva
Descrição: Desde a Atenas do século IV até os dias de hoje, os estudos sobre a recepção e transmissão da comédia de Aristófanes e Menandro sempre tiveram a atenção de escritores e pesquisadores. Alguns se voltaram para a investigação dos contextos culturais e da produção intelectual decorrente deles, outros, principalmente a partir do século XX, se voltam para os estudos de performance, aliando mais do que nunca a pesquisa textual e histórica aos eventos performativos. Em nossa pesquisa propomos observar a recepção crítica da comédia grega estabelecida por alguns críticos literários, historiadores e autores romanos do final da República e do começo do Império. Precisamente o período que abarca o domínio de Júlio César (nomeado dictator perpetuus, ditador vitalício, em 45 a.C., depois de ter ocupado o cargo de cônsul quatro vezes e de ditador cinco) até o reinado de Trajano (98-117 d.C.). O recorte que propomos aqui não é carente de motivação já que, entre o governo de Júlio César e a morte de Trajano, a literatura latina nos presentou com um acervo considerável de obras de autores ilustres como Cícero, Horácio, Dionísio de Halicarnasso, Quintiliano, Plutarco e Plínio, o Jovem, só para citar alguns. Nesses pouco mais de cento e cinquenta anos e já distantes do tempo glorioso da própria comédia latina, os escritores romanos se dedicam a compor tratados de estética, retórica e crítica literária, além de cartas que versam não só acerca da poesia, mas também da história e filosofia. Alguns propõem teorias e revisões acerca do gênero comédia, discutem as diferenças entre a comédia antiga e a comédia nova, mais precisamente entre Aristófanes e Menandro, e também comparam seus ícones mais significativos como Plauto (230 - 180 a.C.) e Terêncio (195 - 159 a.C.). Tal investigação se justifica por se adequar aos estudos de recepção na própria Antiguidade, e a partir dessas primeiras teorizações será possível observar as principais proposições de como fazer uma comédia, ou por quais elementos se deve primar para o agrado e educação do público, além da possibilidade de se atestar a influência desses autores na produção posterior da comédia na Idade Média. Além disso, a pesquisa oportuniza aos discentes maior contato não só com as obras do teatro grego e latino, mas também com a crítica acerca de tal gênero por meio desses primeiros teóricos que influenciarão autores como Moliére.
Número de participantes (2):
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