Projeto de Jacqueline Ramos
O cômico no modernismo brasileiro |
Coordenação: Jacqueline Ramos
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Período de vigência: 2011 ➭ 2013 |
Descrição:
Estudo das manifestações cômicas na literatura brasileira modernista. O cômico ocupa lugar de destaque em nosso primeiro momento modernista, já que é incorporado não como gênero literário, mas enquanto processos de representação: os "poemas piadas" de Oswald de Andrade ou, ainda, sua leitura em chave de paródia de nossa literatura colonial; as construções neológicas e bem humoradas de Mário de Andrade em Paulicéia desvairada e, igualmente, sua saída cômica no debate sobre o nacional em Macunaíma; o rebaixamento dos parnasianos através do satírico poema “Os Sapos” de Manuel Bandeira, para ficarmos nos textos já consagrados. De um modo geral, nesse modernismo, liberto da contraposição ao sério, o cômico parece se emancipar, assumindo aquela função já preconizada por Schopenhauer, ao considerar o cômico como "excedente de pensamento", capaz de alargar os horizontes do pensamento sério; abrir espaço para as possibilidades excluídas pela razão. Na segunda geração modernista, percebe-se uma certa retração no uso da comicidade, muito embora ainda presente e relevante em alguns autores. A terceira geração modernista também incorpora a comicidade enquanto processo linguístico. Assim sendo, nossa proposta é o estudo de obras representativas do período através da orientação de trabalhos monográficos de iniciação científica, visando por um lado o estudo dos procedimentos e funções da comicidade nas obras eleitas e, por outro, discutir a interpretação da cultura pelo viés cômico.